Um novo relatório do Fórum Econômico Mundial (FEM) revelou um cenário otimista para o futuro do trabalho: a inteligência artificial (IA) generativa e tecnologias relacionadas devem criar 170 milhões de vagas globalmente nos próximos cinco anos. A pesquisa, citada pelo El País, destaca que, embora 92 milhões de empregos tradicionais sejam extintos devido à automação, o saldo líquido será positivo, com um ganho de 78 milhões de novos postos de trabalho.
Transformações em curso: quem ganha e quem perde?
A IA está redefinindo modelos de negócios e carreiras. Profissões que dependem de tarefas repetitivas, como caixas de supermercado, atendentes de telemarketing e auxiliares administrativos, estão em declínio acelerado. Por outro lado, setores estratégicos devem expandir:
- Agricultura sustentável (demanda por tecnologias verdes e gestão de recursos).
- Comércio eletrônico (logística inteligente e experiência do cliente).
- Construção civil (robótica e materiais inovadores).
- Saúde e educação superior (impulsionados pelo envelhecimento populacional e necessidade de capacitação contínua).
Oportunidades em alta: habilidades do futuro
O relatório aponta que a criatividade, análise de dados e competências digitais serão essenciais. Cargos como especialistas em IA, gestores de sustentabilidade, técnicos em energias renováveis e profissionais de telemedicina devem dominar o mercado. Para o FEM, países que investirem em requalificação profissional e políticas de inclusão digital colherão os maiores benefícios.
Desafios globais: adaptação é a palavra-chave
Apesar do saldo positivo, a transição exigirá esforços coordenados. “Empresas e governos precisam agir agora para garantir que trabalhadores em funções vulneráveis não sejam deixados para trás”, afirma o documento. Educação continuada, parcerias público-privadas e incentivos a startups são apontados como pilares para mitigar riscos.
E o Brasil?
No contexto nacional, setores como agronegócio, saúde digital e infraestrutura têm potencial para liderar a criação de empregos qualificados. Por outro lado, será crucial investir em capacitação tecnológica em regiões menos desenvolvidas.
📍 Fonte: Relatório “O Futuro do Trabalho 2024” do Fórum Econômico Mundial, em colaboração com o El País.
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