Disney e Universal Studios movem ação contra Midjourney por uso de personagens icônicos em IA

As gigantes do entretenimento Disney e Universal Studios uniram forças para entrar com uma ação judicial inédita contra a startup de IA Midjourney, acusando a empresa de reproduzir de forma indevida seus personagens protegidos por direito autoral, como Wall‑E e Darth Vader.

O que motivou a ação?

De acordo com o processo, usuários da Midjourney teriam gerado imagens, vídeos e conteúdos visuais utilizando personagens, cenários e estilos visuais registrados pelas produtoras, sem qualquer autorização ou licenciamento. A Disney e a Universal argumentam que isso configura violação de propriedade intelectual e pode representar danos significativos a suas marcas.

Essa é a primeira vez que estúdios de Hollywood se unem em litígio contra uma empresa de IA por razões desse tipo, o que pode significar uma mudança de paradigma na indústria.

Qual o peso desse processo?

A ação é considerada um marco porque coloca sob questionamento como as ferramentas de inteligência artificial generativa devem lidar com obras protegidas por direitos autorais. Até agora, a disputa em torno de conteúdos gerados por IA envolvia mais a responsabilidade dos usuários ou as plataformas de hospedagem, com menos foco nas empresas criadoras da tecnologia.

Especialistas acreditam que essa disputa judicial pode influenciar toda a cadeia de valor da IA criativa — desde artistas até grandes empresas de tecnologia — e firmar um novo marco regulatório mundial em torno de criação e uso de imagens.

O que está em jogo?

  • Direitos autorais e uso justo: Até onde vai a proteção autoral quando uma IA aprende com milhões de imagens disponíveis na internet?

  • Precedente para outras empresas de IA: Plataformas como DALL·E, Stable Diffusion, Midjourney e outras poderão ser obrigadas a rever seus bancos de dados para excluir obras protegidas ou buscar licenças específicas.

  • Repercussão para usuários e criadores: Designers, artistas e criadores que utilizam IA para gerar imagens podem ter de repensar suas práticas, seguros e contratos de uso.

O que vem a seguir?

O processo deve avançar ao longo dos próximos meses, com análises judiciais sobre dados técnicos, capacidade das plataformas de moderar conteúdo e o equilíbrio entre inovação e direitos autorais. A vitória das produtoras pode moldar como será feito o treinamento de modelos de IA no futuro.

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