A Intel anunciou uma nova fase de sua colaboração com a Microsoft para impulsionar o desenvolvimento de PCs equipados com recursos avançados de inteligência artificial. A novidade foi divulgada durante a Computex 2025, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo, realizada em Taiwan. A proposta é clara: tornar os computadores pessoais verdadeiramente inteligentes, com assistentes de IA integrados, maior eficiência de energia e desempenho otimizado para tarefas cotidianas.
O que são os “AI PCs”
A nova geração de computadores, chamada de “AI PCs”, virá equipada com processadores Intel Core Ultra de última geração, placas gráficas integradas otimizadas para IA e, principalmente, unidades de processamento neural (NPUs). Esses chips são projetados especificamente para lidar com tarefas de aprendizado de máquina, como tradução em tempo real, melhorias de vídeo e áudio e execução local de assistentes virtuais.
Com isso, os usuários poderão utilizar funções como geração de texto, imagens e automação de tarefas diretamente no computador, sem depender exclusivamente da nuvem.
Impactos esperados
Segundo a Intel, mais de 40 milhões de computadores com essas novas capacidades devem ser vendidos até o fim de 2025. A tendência indica que o uso da inteligência artificial não será mais limitado a grandes servidores ou smartphones de última geração, mas sim incorporado ao dia a dia de usuários comuns.
A Microsoft, por sua vez, planeja integrar o Copilot — seu assistente baseado em IA — diretamente no sistema operacional Windows, com acesso facilitado por uma tecla dedicada no teclado, uma inovação não vista há décadas. O assistente será capaz de realizar buscas, resumos de documentos, sugestões em tempo real e integração com ferramentas como Word, Excel e PowerPoint.
Desafios e privacidade
Apesar do entusiasmo, especialistas alertam sobre os desafios de segurança e privacidade. Com tantos dados sendo processados localmente, será necessário garantir que as informações dos usuários não sejam expostas a riscos cibernéticos. Além disso, a integração cada vez maior de IA nos sistemas operacionais levanta debates sobre dependência tecnológica e autonomia digital.