Um novo fenômeno nas redes sociais brasileiras está chamando atenção: Marisa Maiô, uma apresentadora fictícia gerada por inteligência artificial (IA), criada por Raony Phillips, alcançou enorme repercussão em junho de 2025. Em poucos dias, o personagem satírico fez a internet comentar sobre os limites da criatividade automatizada e seu potencial comercial .
Surgimento e repercussão
O programa criado por IA estreou em junho, publicando vídeos no Instagram, X (ex‑Twitter) e TikTok. O primeiro episódio atingiu mais de 1,7 milhão de visualizações no X, seguido por mais de 2,3 milhões no Instagram, em um alcance rápido que demonstrou o poder de virais envolvendo IA.
Usuários inicialmente acreditaram que se tratava de um conteúdo real e surpreendente, o que ajudou a impulsionar compartilhamentos e discussões nas redes.
Reconhecimento do mercado
Empresas reconhecidas, como Magazine Luiza, OLX e inDrive, fecharam contratos publicitários com a personagem. A adesão foi rápida, impulsionada pela combinação de humor peculiar com tecnologia de ponta, confirmando a viabilidade comercial de personagens digitais.
Debate legal e ético
A BBC relatou que a Rede Bandeirantes exibiu uma versão live‑action da personagem com atuação de Fabiana Karla. A repercussão online incluiu discussões acaloradas sobre direitos autorais de criações geradas por IA. O debate gira em torno da autoria dessas obras: quem detém os direitos — o criador humano ou a própria máquina?. O caso gerou intenso diálogo sobre a adequação da legislação atual, que ainda não trata explicitamente de obras produzidas por algoritmos.
Significado para o futuro do setor
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Mídia sintética em ascensão: Marisa Maiô é um dos primeiros casos bem-sucedidos de personagem de IA que alcançaram o grande público no Brasil, e marca o início de nova fase na produção de conteúdo digital.
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Potencial comercial: A monetização rápida por meio de publicidade mostra que marcas estão prontas para investir no formato.
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Regulação em pauta: O episódio intensificou a discussão sobre a necessidade de atualizar a legislação de direitos autorais para englobar criações feitas por inteligência artificial.