A Era da Vigilância Invisível: Como as Grandes Empresas Estão Rastreando Seus Dados Sem Cookies

O fim dos cookies de terceiros está transformando silenciosamente a internet — mas isso não significa que você deixou de ser monitorado. Pelo contrário: empresas de tecnologia estão criando novas formas de rastrear seus passos digitais de maneira ainda mais sofisticada.

Desde 2024, com o Google Chrome iniciando o bloqueio progressivo dos cookies, gigantes como Google, Meta, Amazon e milhares de anunciantes começaram a apostar em técnicas menos conhecidas do público, como:

  • Fingerprinting: rastreia características únicas do seu navegador e computador, como resolução de tela, extensões instaladas, fontes e até a forma como você digita.

  • Identificadores de coorte: agrupam você em categorias de comportamento (por exemplo, “pessoas interessadas em viagens” ou “compradores de alto poder aquisitivo”).

  • Pixel invisível: pequenos elementos carregados nas páginas e e-mails, capazes de registrar suas ações sem que você perceba.

  • Dados primários e logins cruzados: quando você faz login com sua conta Google ou Facebook em diversos sites, permitindo o compartilhamento de informações entre empresas.


Por que isso é importante?

O discurso oficial é de mais privacidade, mas na prática, a coleta de dados só mudou de forma. A diferença? Agora é muito mais difícil de perceber e controlar.

Segundo especialistas em segurança digital, essa nova era pode trazer consequências como:
 Aumento de perfis secretos de consumo usados para manipular anúncios.
 Redução do anonimato na navegação.
 Maior concentração de poder nas mãos das big techs que detêm dados primários.


O que você pode fazer?

  • Usar navegadores que bloqueiam rastreamento por padrão, como Brave ou Firefox.

  • Revisar permissões de aplicativos e extensões instaladas.

  • Criar contas separadas para diferentes atividades online.

  • Desativar logins automáticos e sincronizações desnecessárias.


 Estamos vivendo a transição do rastreamento visível para a vigilância invisível.
Para muitos especialistas, este é só o começo de uma nova disputa global pelos dados de cada clique, toque e compra que você faz.

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