Em um cenário de crescente instabilidade energética em algumas regiões da Europa, surge uma preocupação global: como um apagão europeu pode afetar a internet no mundo inteiro? Apesar de parecer um problema localizado, a infraestrutura da internet é altamente interdependente e conectada internacionalmente — e eventos regionais podem ter efeitos globais.
O que está acontecendo?
Alguns países europeus vêm enfrentando desafios com a estabilidade de suas redes elétricas, especialmente em épocas de consumo elevado, como invernos rigorosos. Crises energéticas, manutenção atrasada e tensões geopolíticas aumentaram o risco de apagões temporários ou racionamentos de energia.
A Internet depende de energia estável
Centros de dados (data centers), servidores de grandes empresas, redes de distribuição e até cabos submarinos precisam de alimentação constante para manter o tráfego de informações. Se um país europeu que hospeda infraestrutura crítica — como Alemanha, Holanda ou França — tiver uma falha de energia prolongada, isso pode afetar serviços que milhões utilizam no mundo todo.
O risco é real?
Sim. Embora os data centers de grande porte tenham geradores e backups de energia, eles não são projetados para suportar apagões prolongados em larga escala. Além disso, se houver falha em pontos estratégicos da rede europeia, o tráfego global de internet pode ficar mais lento, instável ou até mesmo interrompido em determinados serviços.
Como isso pode afetar o Brasil?
Embora fisicamente distante, o Brasil utiliza plataformas, servidores e serviços que dependem da infraestrutura europeia. Grandes empresas de tecnologia (como Google, Amazon e Meta) têm parte de seus servidores em data centers na Europa. Assim, serviços de streaming, redes sociais e até plataformas bancárias podem enfrentar lentidão ou instabilidade se houver apagões em pontos críticos.
Existe solução?
Empresas e governos já estão investindo em descentralização de servidores e em melhorar a resiliência da infraestrutura da internet. No entanto, ainda há muita dependência de grandes hubs globais. O cenário atual serve como alerta para a importância de construir uma internet mais distribuída e preparada para emergências.