Atento às críticas e à concorrência, a Apple apresentou no WWDC 2025 uma atualização sofisticada do seu sistema de inteligência artificial, chamada Apple Intelligence, com destaque para novos recursos de privacidade e expansão linguística. Contudo, a adaptação completa da assistente Siri com IA generativa foi adiada para o início de 2026.
Recursos anunciados no WWDC
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A Apple estendeu o suporte do Apple Intelligence a oito novos idiomas, incluindo português, turco e vietnamita, com foco em tradução ao vivo em mensagens, chamadas e videoconferências — todos processados diretamente no dispositivo, garantindo privacidade total.
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Foram apresentadas ferramentas criativas como Genmoji (emojis personalizados) e Image Playground (geração de imagens com estilos artísticos), ambas baseadas em modelos da OpenAI e executadas localmente, sem compartilhar dados com servidores externos.
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Um novo recurso fitness chamado Workout Buddy, integrado ao Apple Watch, monitora dados em tempo real como frequência cardíaca e ritmo, oferecendo feedback personalizado sem comprometer a privacidade dos usuários.
Privacidade como diferencial estratégico
Diferente dos concorrentes, a Apple reforçou que a maioria dos processos de IA ocorre no próprio dispositivo, sem envio de dados ao servidor. Para tarefas mais complexas, a empresa usa o Private Cloud Compute, um sistema criptografado que não armazena dados e mantém total anonimato das informações, uma resposta direta às preocupações crescentes sobre a privacidade dos usuários.
Siri com IA generativa atrasada para 2026
Embora o Apple Intelligence tenha apresentado funções avançadas, a versão da assistente Siri com entendimento contextual aprimorado e respostas geradas por IA só será lançada na primavera de 2026, junto com o iOS 26.4. A empresa decidiu adotar esse prazo para garantir qualidade e segurança na experiência do usuário.
O que isso significa para o mercado
O atraso de Siri mostra que a Apple prioriza estabilidade e privacidade em sua estratégia, mesmo que isso signifique perder a corrida imediata por lançamentos de IA. Enquanto concorrentes como Google e OpenAI apostam em soluções mais extensas via nuvem, a Apple reforça seu diferencial ao preservar dados sensíveis dos usuários.
A decisão pode definir um novo padrão na indústria, equilibrando inovação e respeito à privacidade, sobretudo em um momento de debates intensos sobre regulamentação global de tecnologia.